Figuras
de linguagem
As
figuras de linguagem são recursos estilísticos que as pessoas utilizam na fala
ou na escrita, para criar uma atmosfera ou para transmitir maior força
expressiva.
1 – Figuras de Palavras
1. Metáfora: consiste no uso de uma
palavra com um sentido que não lhe é próprio
·
Raimundo é um animal.
·
luar banhava todo o jardim.
·
sol ardia sem demência.
2. Metonímia: uso de uma palavra no lugar de outra,
com a qual se acha intimamente relacionada:
·
Usar autor para definir a obra:
Quando
queria relaxar, ele lia Jorge Amado = a obra de Jorge Amado.
·
Usar o continente pelo conteúdo:
José
comeu um prato enorme =
continente, comida = conteúdo.
·
Usar lugar para definir o produto:
Após
o jantar, é ótimo tomar um porto = vinho do Porto.
·
Usar parte para definir o todo:
O
importante é possuir um teto sobre a cabeça = casa, moradia.
·
Usar um efeito para expressar causa:
Os
mosquitos espalhavam a febre = febre (efeito) = doença (causa).
·
Usar obstrato para definir o concreto:
A adolescência
é confusa = adolescência = adolescentes.
3. Antonomásia: é a definição de um ser através de
uma de suas características:
·
Gosto muito de viver no país do futebol = país do futebol =
Brasil.
·
O poeta dos escravos foi um dos maiores nomes do Romantismo =
Poeta dos escravos = Castro Alvares.
4. Catacrase:
é a transferencia do significado próprio de uma palavra para outra, muitas
vezes, incompatível:
·
Adoniram embarcou no trem das onze.
2 – Figuras de Construção
1. Silipse: é uma concordância
ideológica, que se faz com uma idéia subentendida e não com o que está expresso
na oração. A Silipse pode acontecer nas variações de gênero, número e pessoa:
·
Silipse de gênero: José é uma banana.
·
Silipse de número: Grande parte dos alunos estavam cansados.
·
Silipse de pessoas: Os brasileiros esperamos sempre o melhor
2. Elipse: é a omissão de um termo
que pode ser subentendido:
·
No fim da noite, as cadeiras sobre as mesas. (No fim da noite, as
cadeiras estão sobre as mesas)
3. Pleonasmo: é uma repetição de idéias
às vezes das mesmas palavras, com o intuito de reforçar as idéias:
·
Eu vi tudo, com estes olhos que a terra há de comer.
4. Polissíndeto: é a repetição enfática do
conectivo:
·
Durante o baile, eles beberam, e dançaram, e comeram, e se divertiram
muito.
5. Anacoluto: é uma interrupção sintática que faz
com que um termo fique sem função:
·
Eu, que era branca e linda, eis-me medonha e escura.
.
6. Assíndeto:
é a omissão do conectivo:
·
Vim, vi, venci.
7. anástrofe:
é a mudança da ordem direta das orações (sujeito, verbo, complementos) para a
ordem inversa:
·
Ao jogo, todos assistiremos.
8. hipérbato:
é a inversão violenta dos termos da oração:
ouviram
do Ipiranga
as
margens plácidas
de
um povo heróico
o
brado retumbante.
3 – Figuras de Pensamento
1. ANTÍTESE: é o emprego de expressões
contrarias na mesma construção:
·
Em um momento, subiu ao céu e desceu ao inferno.
·
Incêndio em mares d’água disfarçado.
2. APÓSTROFE: é um chamamento enfático
que é direcionado a um ser, presente ou ausente:
·
Ouçam, todos! Novos tempos estão chegando.
·
Onde estás, que não responde?
3. PROSOPOÉIA: é a atribuição aos seres inanimados
ou irracionais de caraterísticas que são própria dos seres humanos:
·
As flores sorriam de alegria.
·
O vento calou-se para ouvir o meu lamento.
·
Até os cavalos riram da situação.
4. GRADAÇÃO: é a expressão de um pensamento através
de uma seqüência de idéias em ordem crescente ou decrescente de intensidade:
·
Quando Pedro conheceu Maria, logo se sentiu interessado, enamorado,
apoiado.
·
O ódio que sentia transformou-se em raiva, ira, decepção,
tristeza.
5. EUFEMISMO:
é o uso de uma expressão mais “leve” para comunicar algo que pode ser chocante
ou agressivo:
·
João descansou = (morreu).
·
A notícia poderia ser melhor = (a notícia é ruim).
6. PERÍFRASE:
é um jogo de palavras que é usado no lugar do nome:
·
A última flor de Lácio = a língua portuguesa.
·
O coisa ruim. O cujo = o diabo
·
O Todo Poderoso = O Senhor Deus.
7. HÍPERBOLE:
é a figura do exagero, utilizada como
forma de super valorização de alguma idéia.
·
Hoje, estou morto de cansado.
·
Faz um século que estou esperando.
·
Havia tantos pássaros, que o dia virou noite.
8. ANTÍFRASE
OU IRONIA: é o uso de uma expressão para exprimir a idéia oposta, em geral
com a intenção de deboche:
·
Comprar uma casa cheia de cupim: grande negócio que você fez!
Que bom! O santinho da mamãe quebrou mais um
prato.
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