Por Michael Caceres
A aliança de Deus com Abrão é a segunda
encontrada no Antigo Testamento; a primeira é a aliança de Deus com Noé. Uma
semelhança entre as duas convenções é que ambas lidam com a promessa da terra.
No caso da primeira, Noé e seus filhos deveriam ser frutíferos e multiplicar-se
na terra (Gênesis 9.1, 7). Na segunda, Abrão e seus descendentes receberam a
promessa da terra, esta promessa veio após ele ter deixado Harã e chegado em
Canaã (Gênesis 12.7; Gênesis 13.14-15). Vemos, aqui, uma descrição mais
desenvolvida da visão de Deus, a promessa enfatizada na possessão da terra que
Deus deu a Abrão e sua descendência.
Notamos primeiramente que a promessa de
Deus era direcionada a Abrão, Ele queria abençoá-lo com muitos descendentes
(Gênesis 12.1-9). A segunda promessa dizia respeito à terra e as bênçãos da
terra destinada ao povo de Israel, que seriam a descendência de Abrão: “Naquele
mesmo dia, fez o Senhor um concerto com Abrão, dizendo: À tua semente tenho
dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates [...]” (Gn
15.18).
Deus procurava para si um povo, que lhe
fosse fiel e servisse de testemunho para as outras nações, tal como somos nós
cristãos testemunhas de Cristo (Atos 1.8). E a promessa não era apenas de fazer
de Abraão o pai de uma grande nação, mas também a esta garantiu que daria um
território. Sem um território, uma terra natal, um povo perde a identidade.
Logo o aspecto da aliança abraâmica está
fortemente relacionada com a prosperidade de seu trabalho. Mas isso não
significa que a promessa de Deus a Abrão era uma promessa financeira ou
material, mas em um aspecto mais amplo a promessa a Abrão era basicamente
naquilo que ele mais ansiava – a comunhão com Deus.
Paulo também afirma que as promessas de
bênção apontavam para além do Israel carnal, na terra deles e debaixo da
lei. Com respeito às promessas feitas por Deus referente à semente de
Abraão, ele disse: “Não diz: E aos
descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu
descendente, que é Cristo” (Galátas 3:16). Paulo não está
dizendo que a “descendência”, que simplesmente significa posteridade, exige uma
só pessoa, mas que “o descendente” é
uma explicação do que a promessa, a lei e os profetas transmitiam: viria alguém em quem
todas as nações seriam abençoadas.
Agora um aspecto fundamental da promessa
feita a igreja é que ela não é representada fisicamente, mas de forma
espiritual, mas isso não descarta as bênçãos de prosperidade ou de abundância
financeira. As promessas a igreja também destacam uma terra (Apocalipse 21.1) e
a comunhão com Deus (2 Coríntios 6.18).
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