Publicado por Redação em terça-feira - 12 de junho de 2012
Pesquisas
americanas têm mostrado recentemente que grande quantidade
de pastores terminam sofrendo de baixa autoestima e depressão ao
longo de seus ministérios.
Segundo
estatísticas compiladas de estudos do Instituto Fuller, Instituto de
Pesquisas George Barna e Site Pastoral Care Int. por Jim Fuller, pelo menos
45,5% dos pastores pesquisados nos Estados Unidos, disseram que estão
deprimidos.
Além
disso, 70% afirmaram que sofrem de baixa autoestima e 85% que estão cansados de
lidar com o problema de outras pessoas, incluindo de líderes da própria igreja. Em uma
matéria do Cristianismo Hoje, pastores brasileiros revelaram as causas de
suas angústias e como desistiram dos púlpitos temporariamente ou
permanentemente.
O pastor
evangélico da Igreja Presbiteriana Independente, José Nilton Lima Fernandes, 41
anos, afirmou que depois de longo tempo como pastor, passou a duvidar de seu
chamado pastoral.
Fernandes,
que começou liderança da mocidade já aos 16 anos e depois pastoreou
uma igreja pentecostal também, diz que experimentou intrigas, desgastes
por causa da “estrutura de corrupção” e outras dificuldades que o levaram a um
enfraquecimento emocional e queda no seu casamento.
A
situação o levou a pedir uma licença da igreja, passando a exercer desde 2011,
outras funções, no meio secular.
“Acho
possível servir a Jesus, independentemente de ser pastor ou não”, afirmou ele à
revista.
Nilton
acabou casando-se novamente e retornou aos púlpitos em uma outra igreja, não
descartando a possibilidade de um outro “freio”.
Segundo
a publicação, outras pesquisas nos Estados Unidos, como a do ministério LifeWay apontaram que muitos dos pastores se
sentiam solitários em seus ministérios e reclamaram de problemas.
Outras
pesquisas já mostraram que o abandono dos pastores ocorre por causa de desvios
morais, esgotamento espiritual ou conflitos dentro da igreja.
Segundo
o diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, Lourenço Stélio Rega,
quase metade dos alunos que iniciam a Faculdade de Teologia desistem
antes de acabar o curso.
Rega
afirma que muitos percebem que a luta e as dificuldades não são provisórias,
mas sim uma constante durante a vida ministerial. De acordo com ele, a própria
Bíblia antecipa isso.
Gedimar
de Araújo, pastor da Igreja Evangélica Ágape, no Espírito Santo, resume a situação
desta maneira: “O ministério é algo muito sério”.
“Se um
médico, um advogado ou um contador erram, esse erro tem apenas implicação
terrena. Mas, quando um ministro do Evangelho erra, isso pode ter implicações
eternas”, disse ele, de acordo com a revista.
Fonte:
Christian Post
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